9.11.16

Game: mocinho ou bandido?

Compartilho brevemente o que vi hoje no II Simpósio sobre Adolescência na Unifesp sobre games*. 

Como tudo na vida, tem aspectos positivos e negativos e, pela complexidade do tema deve ser explorado de diferentes pontos de vistas:
  • É um dos poucos segmentos que tem previsão de crescimento de 13% em 2017. Hoje, já fatura o dobro das indústrias cinematográfica e pornográfica.
  • 100 milhões de horas são consumidas em 1 semana no mundo todo com o jogo GTA (é o mesmo número de horas utilizada para construir o Wikipédia!!)
  • Turbina o cérebro, alterando sua massa cinzenta (produzindo mais neurônios). Do ponto de vista cognitivo, aumenta a atenção visual e sonora.

E o outro lado dessa história? Bem, talvez um dos pontos de convergência entre os especialistas seja o impacto negativo da exposição aos games com conteúdo de violência. O que ocorre, segundo pesquisas científicas do Journal os Experimental Social Psychology?
  • Efeito Macbeth: é a limpeza moral – comportamento adotado por usuários de games de esvaziamento da culpa, ou seja, essas pessoas podem ser levadas à uma dessensibilização da violência. Na prática, isso quer dizer que tornam-se indivíduos mais agressivos.
  •  Avatares femininos como em League of Legends, produzem um efeito sobre o julgamento moral dos usuários expostos a esse conteúdo, causando uma maior tolerância do indivíduo sobre o assédio sexual sofrido.

A Sociedade Brasileira de Pediatria também disponibilizou um conjunto de orientações para pais, profissionais da saúde e educadores  no link: https://www.sbp.com.br/sbp-em-acao/sbp-lanca-conjunto-de-orientacoes-em-defesa-da-saude-das-criancas-e-adolescentes-na-era-digital/

É um tema atual, importante e urgente. Merece atenção por parte de todos nós, até acharmos o mocinho e bandido dessa história!

* alguns dados foram extraídos da palestra do Prof. Dr. Tiago Eugenio do colégio Bandeirantes.