26.11.15

Você ousa sonhar?



Compartilho com vocês um vídeo sobre os desafios que enfrentamos quando decidimos fazer algo novo.

Sair da zona de conforto nem sempre é fácil.

Aliás, para muita gente é como entrar na "zona de pânico", como diz o autor do livro ¿Te Atreves A Soñar?", Matti Hemmi. No entanto, são nessas situações que, geralmente, aprendemos mais.

O vídeo ilustra de maneira rápida e criativa essas situações. Tem sido um bom recurso para usar em reuniões e palestras.

Para quem quiser saber mais sobre a teoria desenvolvida por Hemmi, acesse www.TeAtrevesASoñar.com

Aproveitem!

30.10.15

O Poder da Empatia



Compartilho com vocês um vídeo sobre o Poder da Empatia baseado nos estudos de Brene Brown. 

Ela nos inspira a sermos mais empáticos em nossas relações e também esclarece a diferença entre empatia e simpatia.

É um vídeo curto mas bem didático! Aproveitem!!



7.10.15

Tecnologia e Humanidade (palestra The School of Life)

Compartilho com vocês uma palestra da David Baker, editor da revista Wired, dada pela "The School of Life" em nov/2013 no Brasil.
Acho o conteúdo bem atual e com reflexões e dados que nos fazem refletir sobre o impacto da tecnologia e seu uso em nossas vidas. David deu uma palestra objetiva e didática. Tentei colocar aqui tudo o que ele falou (inclusive com referências de livros e autores que ele utilizou para seus argumentos). Espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei de assistir!

Temas abordados na palestra:
  •  A tecnologia irá customizar nossos hábitos e nós ficamos com o “resto de nossas vidas”
  •  A provocação é: porque não acessamos nosso sistema operacional – o cérebro – antes de acessar um app  no celular?
  • O Desafio: Unir o humano com o poder da tecnologia
Quais são os 6 elementos que surgem com o uso excessivo da tecnologia em nossas vidas?

1.       Nós perdemos nosso poder pessoal
·         Hoje, na rede, é compartilhado 40 exabytes por mês. Para termos uma ideia, 5 exabyte é o número de palavras que nunca foram ditos em toda a história da humanidade. E, nesse sentido, perdemos qualquer corrida com as gigantes empresas de big data.
·         Outro exemplo: muitos de nós utilizamos o smartphone como despertador. Como isso impacta nossas vidas? Quando acordamos, ainda estamos entre o estado de meia consciência, um torpor onde o cérebro ainda está “acordando”. Quando já despertamos com o celular e na mesma tela do horário vemos nossa agenda e compromissos do dia, isso interrompe a percepção e possibilidade de insigths gerados pelo sono por preocupação.
·         Muito possivelmente, os jovens de hoje serão muito mais ansiosos devido ao exagero do uso da tecnologia e velocidade de resposta que se espera do mundo.
·         Temos que ter cuidado para que a tecnologia não se transforme num vício, pois ela tem características muito parecidas (repetição de reforços e recompensas)
·         Precisamos ajudar as pessoas a desenvolver a habilidade de colocar cada coisa em seu devido lugar

2.       Nós perdemos o poder da lentidão
  •  Entramos numa corrida que nunca vamos vencer
  • O “juízo” vem da reflexão, daquilo que nos dá tempo para pensar
  •   Nós criamos um mundo que espera resultados instantâneo de nós mesmos.
  •  Precisamos recultivar o pensamento lento 
3.       Nos desvalorizamos o pensamento complicado
·         A internet ameaça a especulação
·         O pensamento lento pode levar à resposta e hoje, muitas vezes, a tecnologia nos impede de praticar esse tipo de pensamento – citação de um exemplo do livro Thinking Fast and Slow de Daniel Kaheman

4.       Nós nos tornamos estreitos em nosso pensamento
·         A questão de estar o tempo todo no modo “on”, nos coloca numa bolha, onde estamos em contato com pessoas que pensam como nós (seja nossos amigos no facebook, nossos contatos no twitter, etc)
·         Pois justamente uma vantagem do mundo real é que podemos encontrar “estranhos”, podemos nos surpreender porque os acontecimentos off line não estão sob nosso controle.
·         Nesse sentido, a tecnologia nos faz ficar numa  zona de conforto
·         Temos que resgatar o casual, o fortuito, a observação aleatória

5.       Nós perdemos a alegria à imperfeição       
·         Citação do livro: The Craftsman (O Artesão) de Richard Sennett
·         Devemos ressaltar a importância de ser meticuloso, cuidadoso, o artesão da palavra precisa de tempo

6.       Nós perdemos a nossa privacidade
·         A interconectividade só funciona se compartilhamos informações e nós ainda não temos ideia de como a indiferença entre vida privada e vida pública irá atingir nossas vidas
·         Já há estudos que conseguem mapear com quase 100% de acerto, a raça, sexo, preferências e faixa etária, só considerando os “likes” que damos nas redes sociais.
·         Perdemos a noção de como os encontros presenciais são importantes e tem uma qualidade diferente daqueles on line

Conclusão:

David cita o livro: Drive (O que nos motiva) de Daniel H. Pink. O vídeo abaixo é baseado nesse livro: RSA Animate - Drive: The surprising truth about what motivates us (http://www.youtube.com/watch?v=u6XAPnuFjJc)

O livro é citado para ilustrar a fala do palestrante sobre a complexidade de como funciona o ser humano, principalmente quando se fala de atividades que exigem pensamentos abstratos (o que praticamente é o que acontece nas grandes empresas).

O livro ressalta que as pessoas buscam recompensas que vão além do dinheiro e que são motivas pela perspectiva de atuar com autonomia, da busca da maestria naquilo que fazem e no propósito ou finalidade daquilo que fazem. 

Como reduzir o poder da tecnologia em nós?

1º) Retrair
- Podemos e devemos nos “afastar” da tecnologia, criar “sabáticos” sem tecnologia, desprogramar as notificações que colocamos em nossos celulares (exemplo de uma empresa que proibiu as pessoas de trocarem e-mails às sextas-feiras e verificou aumento de produtividade e felicidade entre seus empregados). 
- Devemos ter autonomia no uso da tecnologia e colocá-la à nossa serviço
- Temos que redescobrir as pessoas ao nosso redor

2º ) Refletir
- Usar o tempo livre para nos relacionarmos com o mundo real, o mundo externo, conversar cara a cara, nos deixar surpreender com as diferenças entre os seres humanos, com a diversidade

3º) Regressar
- Precisamos voltar a usar a tecnologia como usuários e não como escravos: primeiro, vamos ver o que queremos fazer e depois utilizamos a tecnologia
- A lentidão é o início de tudo: vamos seguir na jornada da vida com a tecnologia e não contra ela.

28.9.15

O que são crises de desenvolvimento e como lidar com elas?

Para falar sobre crises de desenvolvimento, gosto de começar pela imagem do homem pós-moderno apresentada pelo sociólogo Zygmunt Bauman:

O homem pós-moderno está constantemente andando sobre um lago congelado. Sim, é possível andar sobre uma fina camada de gelo, mas é necessário estar em constante movimento. Caso contrário, quando esse homem fica muito tempo parado no mesmo lugar, a fina camada se rompe e o homem cai no lago congelado. O que seria seu fim.

Podemos usar essa metáfora para pensar que as crises de desenvolvimento, são aqueles momentos em que ficamos paralisados e, por vezes, por esse motivo, caímos no lago congelado.

As crises de desenvolvimento nos levam, inicialmente, para o mundo da dor, da solidão, do desespero, da total perda de referências. Elas ocorrem quando algo se rompe em nosso caminho. É como se abrisse um buraco no chão, bem na nossa frente e não houvesse escapatória.

As crises são de diferentes naturezas: físicas ou psicológicas. São caraterizadas por aqueles momentos em que ocorrem mudanças estruturais importantes em um determinado ponto de nossa vida.

As crises biológicas ou físicas estão relacionadas com os desafios do nosso corpo entre atingir seu ponto máximo de maturação e do seu declínio, até a morte.

As crises psicológicas ocorrem na interação entre o indivíduo e o mundo externo, nessa relação, é colocado à prova nosso sistema de crenças e valores, nosso modo de atuar, como lidamos com os sentimentos. E como nós lidamos com as respostas do mundo.
Pois estamos justamente numa época onde não há ser humano sem crise.

Mas isso é muito bom, pois coloca todos nós no mesmo patamar. Somos chamados à prova a todo instante e o desafio que se impõe é ter que fazer as próprias escolhas e sermos totalmente responsáveis por elas.

Quando enfrentamos uma crise, nossa tarefa é perguntar: o que ela está querendo me dizer?

Temos que ficar alertas para perceber as incoerências dos nossos pensamentos, sentimentos e ações. Geralmente, as crises ocorrem quando essas três dimensões humanas estão desorganizadas, desalinhadas.

Quando tomamos decisões que não levam em conta a clareza de nosso pensar, sentir e agir, geralmente, não vamos muito longe, pois essas decisões tendem a ser pouco sustentáveis ao longo do tempo.

Então, desenvolver um autoconhecimento cada vez mais profundo e buscar uma atuação ética, já que não estamos sozinhos no mundo, são elementos chave para não nos deixarmos paralisar diante uma crise. Caso contrário, o buraco no lago congelado nos engole.

Seguir com confiança e coragem para enfrentar o mundo e a nós mesmos é tarefa de todos nós!

14.8.15

Objetivo do trabalho biográfico

A objetivo do trabalho biográfico é ajudar o indivíduo a integrar o seu passado para poder viver o presente e nortear melhor o futuro, pois uma das leis é, à medida que o ser humano amadurece, ele se torna cada vez mais livre.
Mas o que é amadurecer?

Amadurecer, significa desenvolver. Segundo Bernard Liviegoed, em seu livro "Fases da Vida", desenvolvimento é o crescimento no qual mudanças estruturais ocorrem em pontos críticos, por meio do sistema.

O que é diferente de crescimento...

Segundo o mesmo autor, crescimento é uma mudança sistemática, na qual um aumento quantitativo em número, tamanho ou peso de um dado elemento tem lugar dentro do mesmo sistema.

Em outras palavras, pode-se dizer que o desenvolvimento é como uma espiral crescente. Quando subimos, estamos numa oitava acima de onde partimos.

No ser humano, ocorrem os desenvolvimentos biológico, psicológico e espiritual.

Em geral, o desenvolvimento, em nossas vidas, ocorre nos momentos de crise - quase sempre doloridas e fortes o suficiente para nos deixar cicatrizes.

Agora, como as crises possibilitam nosso desenvolvimento? Isso será tema do próximo post!

Fique atento!

4.8.15

Depoimento sobre minha experiência do trabalho Biográfico

Na minha busca em conhecer mais profundamente a Antroposofia, encontrei o biográfico e foi amor à primeira vista!

Tendo já percorrido vários caminhos de autoconhecimento: primeiro pela minha formação religiosa, depois na minha graduação em Psicologia e, nos últimos bons anos, na minha atuação em desenvolvimento organizacional; encontrei na abordagem biográfica, uma maneira ampla e integrada de olhar minha própria história de vida e extrair dela os elementos que se entrelaçam e desenham meu destino, minha missão.


No trabalho biográfico tirei muitos véus que cobriam minhas falsas alegrias, minha raiva, meu desencantamento. Ele também me deu a oportunidade de refletir e vivenciar histórias que eu achava já superadas ou bem resolvidas. Esse mergulho no passado a partir do momento presente, reflete bem o ditado “foi de lavar a alma”.


E a vida, por ser dinâmica (graças à Deus), sempre nos apresenta acontecimentos e encontros que nos despertam e nos mantém vigilantes ao nosso compromisso original. Esse mundo exterior tão necessário para nosso desenvolvimento, está aí, o tempo todo, à espera do nosso melhor. E o biográfico permitiu que essa centelha divina, do qual somos todos portadores, se despertasse em mim, num caminho sem volta e cheio de esperança.